24 outubro 2005

A Jornada dos Grandes

Passo então a analisar, sintéticamente (porque não gosto de grandes testamentos e porque não sei para mais do que isso) a jornada do fim de semana passado, por ordem cronológica.
Benfica 2 - Estrela da Amadora 0
- O Benfica está num crescendo de forma, para isso bastou o treinador parar de inventar, pôr os jogadores nos seus lugares correctos, e ter uma pontinha de sorte. O Estrela, quer queiram quer não, não é um adversário difícil mas também não é isso que lhes tira o mérito da vitória. Os portugueses são muito rápidos a julgar, à 4º jornada Koeman já tinha gente disposta a pagar-lhe o bilhete de ida para a Holanda. Antes da 4ª já queriam recambiar o Nélson (coitado) por más exibições que fez no lado esquerdo (??) da equipa, hoje já é maior que Miguel, já li nos jornais que deve ir à selecção nacional... que raio de país de extremos.
Gil Vicente 2 - Sporting 2
- Estreia feliz para Paulo Bento, não pelo empate mas porque marcou nos descontos da 1ª parte e nos descontos da 2ª parte, se a estrelinha o acompanhar sempre já é uma grande ajuda. O Sporting não melhorou muito até porque o homem só tinha feito 1 (!!) treino com a equipa, milagres não existem e as equipas não se fazem do pé para a mão como se costuma dizer. Não se pode deixar de valorizar o facto de ter entrado com 9 portugueses, facto que considero bastante importante, basta relembrar a carreira de Mourinho no Porto. Gostei também da coragem de pôr um júnior a jogar a titular numa àrea que o Sporting tem tido alguns problemas, é de louvar a coragem e incentivar o miúdo a continuar porque tem futuro, prefiro um júnior inexperiente do que um brasileiro desconhecido, ao menos o miúdo tem desculpa e margem de manobra.
Nacional 0 - F.C.Porto 1
- Pode dizer-se que o Porto teve uma jornada Inter-Nacional (ehehe). Vitória justa, que peca por escassa talvez. Quanto a Adriaanse, não é o melhor do mundo outra vez, mas também não é o idiota pelo qual queriam fazê-lo passar, o remédio também foi simples... dar o braço a torcer. Mas o ridículo é que as pessoas queriam que ele desse o braço a torcer para aquilo que ele já tinha feito, ou seja, a colocação de um trinco. Lembro-me de ler em 90% dos comentários "record on-line" que Raul Meireles tinha de ser um dos 5 dispensados, apenas alguns iluminados (incluindo a minha humilde pessoa) achavam que ele tinha lugar na equipa. Depois de uma pré-época muito boa já os "outros iluminados", os dos 90%, reclamavam pelo lugar de Meireles na equipa. Eu já nem pedia tanto, só queria mesmo um trinco, pela segurança que dá à defesa, pela destruição de jogo da equipa adversária e porque era triste ver Lucho a ser desperdiçado naquela posição. A equipa não mudou assim tanto, aliás o 4-3-3 podia mesmo manter-se, logo que a equipa tenha um trinco verdadeiro (Assunção ou Meireles) e um comandante (Bicho ou P. Emanuel).Tudo se torna simples quando não se inventa nem se é casmurro ... perguntem ao Koeman!